A vasectomia é uma pequena cirurgia realizada em homens que objetivam a esterilidade de forma definitiva. É um procedimento simples, seguro e eficaz, tendo se tornado com o passar do tempo uma das principais escolhas dos casais que não desejam novos filhos.
Possui um menor custo que a laqueadura e pode ser realizado em consultórios médicos bem equipados ou hospitais em regime ambulatorial, de forma que o paciente pode retornar às suas atividades de forma precoce, com alta logo após o procedimento.
A cirurgia é realizada através de duas micro-incisões na região do saco escrotal, uma de cada lado. Através desses dois pequenos cortes, o urologista localiza os ductos deferentes, que são os canais que trazem os espermatozoides fabricados no testículo até as vesículas seminais. Ao efetuar o corte e ligadura dos ductos deferentes, interrompe-se esse fluxo de espermatozóides e com isso o ejaculado do homem torna-se isento de espermatozoides. Alcança-se a chamada azoospermia, ou seja, o homem não apresenta mais capacidade reprodutiva tradicional.
Como apenas uma pequena fração do ejaculado é composta de espermatozoides, o paciente mantém ejaculação praticamente inalterada após a vasectomia.
A recuperação é rápida e geralmente indolor. A taxa de complicação é baixa, sendo a dor e a formação de pequenos hematomas na região escrotal as principais, apesar de raras. Após a cirurgia, o paciente deve se manter sem relações sexuais ou masturbação para evitar ejaculação pelo período de 20 dias.
A função sexual do paciente não é afetada após a cirurgia. Os testículos se mantém em pleno funcionamento, com níveis inalterados de hormônios e vascularização peniana. Portanto a’libido e ereção não são afetadas.
Após a vasectomia, o casal deve manter o uso de método contraceptivo normalmente. Após cerca de 90 dias, é realizado um espermograma de controle para verificar se ocorre azoospermia. Se não forem encontrados espermatozoides no ejaculado do paciente nesse exame de controle, o casal pode iniciar as relações sexuais sem métodos contraceptivos. Nesse período, ainda há chance de se encontrar espermatozoides no ejaculado, portanto, chance de gravidez.
De acordo com a lei brasileira, somente homens maiores de 25 anos ou com pelo menos 2 filhos vivos podem ser submetidos a vasectomia. Casos especiais em que a mulher possui risco de vida em caso de gravidez também podem ter a indicação de vasectomia.
Após manifestação da vontade do paciente ao médico urologista, o especialista deve orientar o paciente sobre a vasectomia, seus riscos e complicações, condições e cirurgia para reversão e custos. Deve também orientar sobre outros métodos anticonceptivos para que o paciente escolha a melhor opção. Se mesmo após as explicações, o paciente mantiver a vontade de vasectomia, pode-se realizar a cirurgia após 60 dias da consulta inicial.
Com relação aos casos em que o paciente se arrepende de ter realizado no passado a vasectomia, pode-se realizar o procedimento de reversão. Este é um procedimento mais minucioso, de maior complexidade técnica e de maior custo. Realiza-se a recanalização do ducto deferente que anteriormente havia sido seccionado. As chances de sucesso diminuem com o passar dos anos.
