A estenose de uretra é uma patologia descrita há muito tempo, desde os tempos dos egípcios. Apesar de antiga, é uma doença pouco prevalente, acometendo cerca de 1 a cada 10.000 homens aos 25 anos e 1 a cada mil aos 65 anos. Apesar da baixa prevalência, casos complexos podem deixar graves sequelas nos pacientes e tornar-se um tratamenNo que diz respeito ao líquen escleroso, uma condição da pele com uma importante predileção pela região anogenital, seu envolvimento uretral é um aspecto bem conhecido da doença e potencialmente causa estenose uretral no local peniano ou bulbar. Além disso, deve-se sublinhar que uma quantidade substancial de etiologias de estenose permanece desconhecida, mesmo após uma avaliação completa da história do paciente.to incurável.
O manejo da doença da estenose da uretra tem uma história profunda e pode incorporar uma das mais antigas entidades urológicas documentadas conhecidas pela humanidade. Na segunda metade do século 20, os urologistas tentaram encontrar soluções para tratar estenoses uretrais simples e complexas e, nas últimas décadas, a pesquisa se concentrou principalmente em refinar os procedimentos existentes para mitigar as consequências negativas no pós-operatório.
No entanto, apesar do progresso científico substancial sobre esse assunto, uma quantidade numerosa de estudos revelou o conhecimento insuficiente sobre cirurgia de estenose uretral entre urologistas e mostrou que pacientes com estenose uretral geralmente têm uma opção de tratamento inadequada.
As causas de estenose uretral envolvem principalmente: idiopático (aquelas que não se conhece a causa apesar de intensa investigação), iatrogênica (causada inadvertidamente durante procedimentos cirúrgicos), trauma externo, infecção como as doenças sexualmente transmissíveis e o líquen escleroso (balanite xerótica obliterante).
No que diz respeito ao líquen escleroso, uma condição da pele com uma importante predileção pela região anogenital, seu envolvimento uretral é um aspecto bem conhecido da doença e potencialmente causa estenose uretral no local peniano ou bulbar. Além disso, deve-se sublinhar que uma quantidade substancial de etiologias de estenose permanece desconhecida, mesmo após uma avaliação completa da história do paciente.
Pacientes com estreitamento uretral se queixam principalmente de sintomas de micção dificultada. O sintoma mais aparente é o enfraquecimento do fluxo urinário. No entanto, é importante entender que todos os graus de micção obstrutiva podem estar presentes, variando de um fluxo urinário perfeitamente normal à retenção urinária.
No caso de um estreitamento discreto da uretra e/ou um início lentamente progressivo dos sintomas, o paciente pode realmente relatar uma ausência total de sintomas de micção obstrutiva, pois o músculo detrusor pode compensar a obstrução do trato urinário inferior por hipertrofia.
Outros sintomas que podem estar presentes são a hesitação, intermitência, esforço, esvaziamento incompleto da bexiga e pulverização (especialmente em estenoses distais). Além disso, o desenvolvimento de uma bexiga hiperativa também é frequente e traz queixas de urgência e frequência aumentada.
Outras queixas, como hematúria ou polaquiúria, também são possíveis, embora sejam provavelmente o resultado de uma complicação relacionada à estenose, como cálculos urinários, uretrite ou infecção da próstata, epidídimo ou testículo.
A presença de estenose uretral deve sempre ser suspeitada em caso de infecções repetitivas da próstata, epidídimo ou testículo. Ao lado da avaliação dos sintomas, a obtenção de histórico deve se concentrar na etiologia da estenose, intervenções anteriores, histórico médico relevante e comorbidades.
O melhor exame para investigação do estreitamento da uretra é chamado uretrografia retrógrada e miccional, na qual o contraste é injetado pela uretra e logo após são realizadas radiografias da região. Com isso, se pode visualizar toda a uretra (exceto nos casos com uma obliteração total do lúmen da uretra) até o esfíncter e até a bexiga.
O conhecimento da etiologia, localização e extensão são fundamentais para o correto planejamento cirúrgico. Muitas vezes a tomada de decisão é realizada no intraoperatório, sendo importante conhecer todas as técnicas disponíveis para se obter o melhor resultado.
As técnicas escolhidas para o tratamento variam das menos invasivas, como a dilatação uretral, passando pelas minimamente invasivas como as endourológicas (endoscópicas) até as mais invasivas em que se necessita cirurgias maiores, algumas delas envolvendo a interposição de enxertos para substituir o tecido uretral danificado.